COP26 e alguns dos seus resultados

No último dia 13, aproximadamente 200 países assinaram o relatório final da COP26. Esse documento não agradou a todos os envolvidos e as demandas necessárias, porém a sua construção trouxe mais um importante momento de reflexão para todos nós.

A conferência tem o papel de promover um encontro, estimular ações protetivas e regeneradoras, porém todas as decisões são baseadas em consenso entre as partes. A conferência não tem poder punitivo. Um país que assuma um compromisso e não o cumpra, ou não queira aderir a alguma meta ou ação proposta, não será multado, por exemplo. Na verdade, a punição para a ausência e negligência dos países envolvidos será uma punição coletiva, afinal todos nós sofreremos as consequências das alterações climáticas previstas.

Um tema polêmico que não foi acertado efetivamente é o pagamento das indenizações por parte dos países mais ricos e líderes das emissões de carbono para os países menos poluidores, que, apesar dessa característica, apresentam gastos expressivos com as consequências dos efeitos das mudanças climáticas.

“Relatórios apresentados na COP26 mostram como os efeitos das mudanças climáticas afetam de maneira desigual os países. Um dos exemplos são os países africanos, que emitem apenas 3% das emissões de gases de feito estufa, mas que já gastam, por ano, 10% dos seu PIB com os impactos climáticos.” (G1)

Substituição de termos como “eliminar gradativamente” por “reduzir gradativamente”, fazendo referência sobre o uso de combustíveis fósseis e carvão, também não foi de agrado de todos. O uso desses materiais são os principais vilões dessa história, e o termo “reduzir” pode atrasar, ainda mais, o uso de energias limpas e renováveis.

Mas e o nosso país? O Brasil dentre outros acordos, assinou o Acordo de Florestas (Compromisso de reverter e zerar o desmatamento no mundo até 2030) e o Acordo de Metano (Corte de emissões globais de metano de 30% em 2030 comparando aos níveis de 2020).

Infelizmente nosso atual governo não tem manifestado ações protetivas em relação ao meio ambiente do país, porém esses acordos vão além das próximas eleições. Vamos acompanhar!

A próxima conferência, COP27, está prevista para novembro de 2022, no Egito. Ficaremos na expectativa de que os países que se comprometeram tomem as medidas necessárias e que os dados apresentados futuramente sejam mais promissores. O planeta agradece!